Prédio da antiga sede de Rádio Desaba

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O prédio da antiga sede da Super Rádio Tupi, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, desabou parcialmente, na manhã desta quinta-feira (18). O quartel de Vila Isabel do Corpo de Bombeiros foi acionado para a Rua Fonseca Teles, no número 120, às 8h50, e precisou retirar uma idosa, que é paciente oncológica e está acamada, de uma residência ao lado do imóvel. Além dela, também foram removidos do local sua cuidadora, um homem e um cachorro da família. 

O corredor da residência ficou obstruído por escombros, que impediram a passagem dos bombeiros. Os militares precisaram retirar Maria de Fátima Costa, de 86 anos, as outras pessoas e o cãozinho pela janela, utilizando uma escada. O imóvel foi interditado pela Defesa Civil. Segundo o neto da idosa, Harrison Costa Freire de Oliveira, que também mora no local, mas não estava no momento do desabamento, a avó já foi liberada e está na casa de um vizinho. 

Harrison relatou que há cerca de três semanas teve início a demolição da edificação, mas os moradores não sabiam do que se tratava, porque não havia placa indicando trabalho no local. Ele também se queixou de que a família não foi procurada pelos responsáveis pela obra, já que o imóvel onde mora fica muito próximo ao da antiga sede da Tupi e poderia ser afetado. Eles pretendiam denunciar o caso para a Prefeitura do Rio. 

“Não tem nenhuma placa de obra indicando sobre, não veio nenhum engenheiro, perito, falar com a nossa casa, que é parede com parede com a construção. Simplesmente, começou um ‘quebra-quebra’ sem nós sabermos. A gente estava a um passo de denunciar para a prefeitura. Meu tio chegou a falar com responsáveis da obra, porque estava uma condição muito insustentável e, praticamente, a gente sabia que isso poderia acontecer, porque como é parede com parede e a obra estava a toda vapor, estava ‘na cara’ que era algo errado, aparentemente ilegal”, declarou o neto, que afirmou que não sabe onde o resto da família vai ficar. 

“Não tem nenhuma placa de obra indicando sobre, não veio nenhum engenheiro, perito, falar com a nossa casa, que é parede com parede com a construção. Simplesmente, começou um ‘quebra-quebra’ sem nós sabermos. A gente estava a um passo de denunciar para a prefeitura. Meu tio chegou a falar com responsáveis da obra, porque estava uma condição muito insustentável e, praticamente, a gente sabia que isso poderia acontecer, porque como é parede com parede e a obra estava a toda vapor, estava ‘na cara’ que era algo errado, aparentemente ilegal”, declarou o neto, que afirmou que não sabe onde o resto da família vai ficar. 

Procurada, a empresa Riva Incorporadora esclareceu que negociou o terreno, mas ainda não assumiu sua posse, nem realizou qualquer ação no local. A companhia destacou ainda que em sua rotina de atividades, “segue todas as determinações legais e possui rigorosos procedimentos técnicos de engenharia, que levam em conta diversos atributos, a começar pela segurança de estruturas e pessoas”.

Em nota, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio (SMDEIS) informou que devem ser feitas licenças distintas para demolição e construção.

“Há um pedido de licença de demolição, que ainda não foi concedido por falta de regularização de documentação. Há, ainda, uma licença concedida para a construção de uma nova edificação, porém, para que haja o início das obras, ainda é preciso cumprir algumas exigências. Solicitamos o embargo das obras, para fins de regularização, e a emissão de auto de infração”, esclareceu o órgão em nota. 

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