Thalia Francisca, de 25 anos, moradora do Parque Boa Vista, em Guarus, estava na listagem para ser uma das 914 pessoas que receberam o benefício nesta sexta. Antes, quando a lista saiu, ela viu um nome parecido com o da mãe biológica, que a doou para um casal quando ela era ainda uma recém-nascida.
Na esperança que fosse a mãe, ela olhou na sua certidão de nascimento e conferiu que o nome era o mesmo. Mesmo assim, queria ter certeza que a mãe biológica também estaria na Vila Olímpica para receber o benefício. Thalia chegou cedo, conferiu a listagem e avisou a equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano, que acionou a mãe e realizou o encontro das duas. Emocionadas, mãe e filha se abraçaram, choraram e colocaram o papo em dia após 25 anos.
Thalia disse que não há mágoas. Ela foi criada por um casal que a buscou no hospital quando soube que uma mulher queria doar duas crianças, irmãos gêmeos, porque não tinha condições de criar. O irmão de Thalia foi adotado por outra família e mora no Rio de Janeiro. Mãe de dois filhos, Thalia diz que quer recuperar o tempo perdido ao lado da mãe e já até marcou um café para conversar e levar os filhos para conhecer a “segunda” avó.
“Eu estou muito feliz, radiante e muito emocionada. Eu sempre tive muita vontade de conhecer a minha mãe biológica e não imaginava que iria encontrá-la aqui, no dia de buscar o Cartão Goitacá. Quero manter o contato, juntar as famílias e ficar junto dela pra sempre. Não moramos longe uma da outra e demoramos 25 anos para nos reencontrar. Apesar disso, estou muito feliz mesmo”, disse Thalia.