Casos graves de dengue podem causar hepatite e insuficiência renal

Campos dos Goytacazes

Diante da alta nos casos de dengue no município, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta que casos graves de dengue podem levar a quadros como hepatite e até mesmo insuficiência renal. O município registrou 475 casos de dengue, até o momento, em 2024.

Em casos graves da doença, é possível que o paciente desenvolva sequelas, principalmente relacionadas ao dano que a doença pode provocar nos órgãos, como hepatite (inflamação no fígado) e insuficiência renal crônica.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, o infectologista Charbell Kury, falou mais sobre as sequelas que o sorotipo 3 da dengue pode causar nos pacientes. “A dengue é uma doença inflamatória aguda que causa uma inflamação em vários órgãos, incluindo o fígado e os rins. O sorotipo 3 , que está em circulação, pode causar hepatite e lesão renal, e pode deixar sequelas no paciente. Isso ocorre porque as lesões hepática e renal se mantêm mesmo após a hepatite ser tratada”, disse Charbell.

O subsecretário também citou outras complicações que a dengue pode causar. “A dengue tem a possibilidade de causar complicações hematológicas, neurológicas, hepáticas e cardíacas. O vírus também tem uma característica de causar encefalite, que é a inflamação cerebral, podendo também causar meningite, que é a meningoencefalite”, explicou o infectologista.

A estudante Ana Clara, de 18 anos, não pertence ao grupo de infectados que tiveram sequelas, mas ela relata como foi o período enquanto estava com o vírus. “Meus sintomas foram muita dor de cabeça e no corpo, tive 39° de febre e muita sensação de fraqueza. Fiz o tratamento recomendado pela médica, tomei bastante líquido, dipirona e remédio para enjoo. Os sintomas duraram cerca de 10 dias, e hoje, graças ao tratamento que eu segui à risca, estou melhor”, comentou Ana Clara.

A Vigilância em Saúde reforça que a prevenção é a melhor saída para evitar números ainda mais alarmantes da doença. “Temos que trabalhar com a prevenção. O município já faz esse trabalho com os mutirões, mas de nada adiantam as ações do poder público se a população não fizer, também, o seu trabalho, como evitar acúmulo de água nas nossas casas, onde estão 80% dos focos do mosquito”, alertou Charbell Kury.

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