A Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria Municipal de Petróleo, Energia e Inovação, participa da 2ª edição do “ESG Energia e Negócios”. O evento é realizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e reúne líderes do setor, especialistas em sustentabilidade, agentes reguladores e o mercado financeiro.
O secretário municipal de Petróleo, Energia e Inovação, Marcelo Neves, acompanhado do subsecretário, Alair Almeida, participa do evento que acontece nesta segunda (27) e terça-feira (28), no Rio de Janeiro. Ele ressaltou que o congresso também é uma oportunidade de estreitar relações na expectativa de prospectar investimentos do setor para o município.
“Nós estamos aqui representando a Prefeitura de Campos, a Secretaria de Petróleo, inclusive conversando com as empresas e também com o próprio presidente do IBP, o Roberto Ardenghy, no sentido de marcar uma reunião em Campos, com o objetivo de ele ir como representante de mais de 70 empresas do setor de óleo e gás, para tentar levar mais investimentos e empresas desse setor para nossa cidade. Então, nós estamos aqui justamente galgando esse território”, explicou Marcelo Neves.
Ardenghy destacou o potencial de Campos no cenário do petróleo, do gás e da transição energética. “Acho que a perspectiva para o Norte Fluminense, especialmente para a cidade de Campos e as comunidades que estão em volta, é muito positiva. Primeiro, porque Campos já está localizada em uma área importantíssima para a produção de petróleo e gás natural do Brasil, que é a presença de duas grandes bacias sedimentares. A Bacia de Campos e agora a Bacia de Santos, que é o chamado pré-sal, mas que toda a estrutura de apoio e de sustentação logística dessa atividade se realiza no Norte Fluminense. Então, a perspectiva é positiva, nós vamos continuar produzindo com muita responsabilidade ambiental e social esse petróleo, esse gás natural. E esse produto vai continuar sendo distribuído para todo o Brasil a partir do Norte Fluminense. Então, a geração de empregos, a geração de renda, a necessidade de treinamento de obra continuarão a moldar o desenvolvimento dessa região”, disse o presidente do IBP.
Ele destacou, ainda, as perspectivas futuras. “Olhando no futuro, nós vemos também boas perspectivas. Primeiro na questão da produção eólica offshore, porque uma tendência desse mercado, quando a gente fizer a transição energética, é começarmos a produzir também energia a partir da energia dos ventos no ambiente marítimo, que a gente chama de eólica offshore. E aí a região do Norte Fluminense, mais uma vez, se destaca pelo seu potencial, pela sua estrutura já existente. Porque você estaria utilizando os recursos que já existem, como estrutura para a logística do petróleo, e também pelo regime de ventos, que é muito positivo naquela região do estado do Rio de Janeiro. Então, as perspectivas são boas e eu acho que nós temos aí um futuro muito favorável pela frente”, concluiu.
Ardenguy também mencionou o descomissionamento de plataformas. “Um outro elemento importante é o descomissionamento. Essas estruturas que estão sendo desativadas, porque já chegaram ao fim da sua vida útil, geram uma quantidade impressionante de atividade econômica. Você desmantelar e descomissionar essas unidades, estou falando tanto das plataformas de produção quanto de todo o equipamento que está embaixo, que a gente chama de subsea, tudo isso envolve um enorme trabalho técnico, um trabalho de engenharia, um trabalho de emprego, de mão de obra. Isso aí gera uma quantidade muito grande de emprego. Só a Petrobras no seu plano de negócios prevê que nos próximos cinco anos ela vai gastar US$ 8 bilhões nessa atividade. Então, são números impressionantes e mais uma vez o Norte do estado vai se beneficiar”, explicou.
A programação do “2º ESG Energia e Negócios” engloba temas sobre sustentabilidade ambiental, responsabilidade social, governança corporativa e a atração de investimentos para o setor. Neste primeiro dia, são abordados temas como o conceito da transição energética justa, desenvolvimento socioeconômico da margem equatorial, competitividade da indústria brasileira e a sinalização da COP 28 para o setor global de óleo e gás. Já o segundo dia trará um enfoque maior em governança, com uma visão sobre responsabilidade civil dos administradores, valor de ativos fósseis, nova geração de combustíveis renováveis, precificação de carbono e a Missão 1.5 do governo brasileiro no Caminhos para Belém.