O “Roda Hans 2024 – Carreta da Saúde Hanseníase”, que consiste em um projeto que busca diagnosticar precocemente novos casos da doença, orientar a população e capacitar profissionais da Atenção Primária para a identificação e tratamento da patologia, estará em Campos na próxima semana, de 17 a 21, das 8h às 16h. A ação é idealizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Fundação Novartis Brasil, e tem o apoio do governo estadual por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), dos municípios contemplados e da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A carreta passará por três estados brasileiros: Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, sendo o município de Campos o único do Norte Fluminense a ser escolhido para participar desta ação. Nesta quarta-feira (12), uma reunião para definir os últimos ajustes para o evento foi realizada no gabinete da subsecretária Geral de Saúde, Bruna Araújo.
A carreta estará estacionada na Praça do Santíssimo Salvador, sendo que no dia 17 haverá uma capacitação teórica na Faculdade de Medicina de Campos (FMC) para mais de 100 profissionais locais (médicos e enfermeiros) e de municípios vizinhos. Nos dias 18 e 19 haverá atendimento e avaliação na carreta dos contatos intradomiciliares de casos confirmados e casos suspeitos da doença de todo o município, com oferta, inclusive, de teste imunocromatográfico (teste rápido) para pessoas que vivem ou viveram, nos últimos cinco anos, com portador de hanseníase. Já nos dias 20 e 21, o atendimento no veículo é para campistas e pessoas de municípios vizinhos.
Bruna Araújo destaca que esse projeto é de extrema importância para capacitar profissionais e promover a detecção precoce de uma doença que deveria estar erradicada no país. “É preciso abordar o tema de forma acessível, permitindo que a população reconheça os sinais e sintomas da hanseníase, e busque atendimento médico”, reiterou.
Para o subsecretário de Atenção Primária, Benedito Pereira Martins, o objetivo é reduzir a prevalência de hanseníase em Campos, capacitando as equipes de Atenção Primária à Saúde para diagnóstico precoce, tratamento adequado, busca ativa, avaliação dos contatos destes doentes e orientação da população, visando evitar estigmas e promover convívio social normal para os portadores da doença.
“Capacitar as equipes de Atenção Primária à Saúde é fundamental para alcançar esse propósito. É importante que as informações sobre a doença sejam disseminadas de forma clara e acessível à população, contribuindo para a conscientização e combate ao preconceito acerca da hanseníase. Lembrando que o diagnóstico precoce e os melhores cuidados evitam as incapacidades que limitam seus portadores e geram os estigmas da doença”, enfatizou.
O diretor do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, o dermatologista Edilbert Pellegrini, informou que o projeto percorre todo o Brasil para treinar equipes locais, fazer exames e discutir casos mais complexos. “A ideia é a gente não só fazer diagnósticos, mas também esclarecer a população. Então, teremos a equipe nossa do Programa Municipal de Hanseníase, junto com a equipe do Ministério da Saúde, através de representantes da Fiocruz, da Secretaria de Estado de Saúde, fazendo essa abordagem às pessoas e capacitando os profissionais da nossa rede de Atenção Básica e da Estratégia Saúde da Família”, salientou.
Também participaram da reunião a diretora de Programas Especiais da Secretaria Municipal de Saúde, Francielle de Oliveira; a enfermeira e assessora técnica de Programas Especiais, Daniella Cavalheire, além do enfermeiro apoiador, Marllon Toledo.