Apesar das publicações da Prefeitura de Campos tentarem mostrar que a cidade está se desenvolvendo, inclusive com diminuição nos índices de pobreza, a miséria das ruas é flagrante e nem precisa ir muito longe para perceber o quanto a pobreza vem fazendo mais vítimas. Em pleno Centro da cidade, precisamente na Praça São Salvador, o que antes acontecia a noite, quando as pessoas em situação de rua ocupavam as coberturas e marquises de prédios, agora pode se constatar o dia inteiro. Pessoas que fizeram das ruas e sua casa e nestas calçadas mantém seus colchões, cobertores e objetos pessoais.
Em frente ao prédio dos Correios, por volta das 11h desta terça-feira (12), várias pessoas dormiam na calçada. A situação é a mesma em frente à Catedral, no Edifício Cidade de Campos e em frente ao Banco do Brasil.
Em outros pontos da cidade, como o entorno do Jardim São Benedito, também encontramos pessoas que a meses moram nas ruas. Ao lado da Igreja São Benedito até um sofá foi colocado pelos moradores. Na Rua dos Goytacazes, em vários pontos também há pessoas dormindo nas ruas, algumas ao relento, mesmo nestes dias de baixas temperaturas. Muitos são usuários de drogas e há também os pacientes psiquiátricos não tratados. Vários episódios de agressão já foram relatados por diversas vezes, mas o quadro permanece o mesmo.
A fila do Restaurante do Povo, que vem fornecendo comida gratuitamente e do Mosteiro Santa Face, onde as freiras também ofertam três refeições por dia a pessoas necessitadas, não deixam dúvidas que a população ainda está longe de ter uma vida digna. É importante lembrar que orçamento previsto para a cidade este ano é de R$ 2.695.157.906,26.
O candidato a prefeito de Campos pelo PT, Professor Jefferson, destacou esta semana, que os números de redução de pobreza que o atual prefeito comemorou não são reais. “O Wladimir Garotinho está comemorando dados que apontam para uma “redução da pobreza” em Campos. Mas será que estes números correspondem à realidade da população? A verdade é que, infelizmente, não houve redução da pobreza em Campos. O que houve, na verdade, foi uma redução do número de pessoas cadastradas no CadÚnico, em virtude de manobras eleitoreiras feitas no último ano do governo Bolsonaro, que foi o Presidente apoiado pelo prefeito. É preciso ser honesto com a população, mostrando a realidade do município e não números maquiados para justificar uma cidade maquiada”, destacou o candidato.