Com três séculos, a Câmara de São João da Barra é uma das mais antigas do Brasil. Ela foi instituída logo após a criação da Vila de São João da Praia, em 1676. Naquela época, as câmaras tinham muitos e amplos poderes, entre eles, a função judiciária. Essas e outras curiosidades estão no livro “Subsídios para a história da Câmara Municipal de São João da Barra”, que teve sua segunda edição lançada na noite desta quinta-feira (19). Assim como na primeira edição (publicada em 2018), o trabalho de pesquisa foi feito pelo historiador sanjoanense, Fernando Antônio Lobato.
A programação começou com um bate-papo com o escritor; o presidente da Casa, Alan de Grussaí; o vereador Fábio Pedra; o professor Pedro Nilson e os escritores, Bruno Costa, Sandra Moore e Soraya Moore – esta última, servidora de carreira da Câmara. Todos parabenizaram a iniciativa da Casa e destacaram a importância do trabalho de Lobato, para a preservação da memória do município. Soraya, por exemplo, contou que utilizou bastante a primeira edição do livro para a sua dissertação de mestrado. “É um orgulho para a gente, ter uma pessoa como o Fernando Lobato e é de suma importância que a gente mantenha salvaguardado o nosso patrimônio”, observou Bruno.
– É um prazer muito grande poder dar essa colaboração para a manutenção da nossa história – disse Lobato, explicando que sua intenção com o livro, foi elencar subsídios para a história da Câmara e não a história da Casa em si; trazendo à luz, documentos que ajudam a contar alguns capítulos dos 348 anos do legislativo sanjoanense. O presidente Alan falou sobre o compromisso de sua gestão com a cultura e a educação no município. “Sabemos da importância que é a cultura para o nosso povo e para a nossa gente e queremos deixar aqui nossa contribuição para as futuras gerações”.
Mais – O relançamento da obra faz parte do projeto “Câmara Cultural”, realizado sempre no recesso parlamentar. Após o bate-papo, foi feita a distribuição do livro a todos os presentes, com direito a autógrafo. A programação teve, ainda, uma exposição de símbolos (objetos) do poder político, como, por exemplo, um sinete utilizado no século XIX para autenticar documentos; fotografias, documentos antigos da Câmara (como um diploma de 1872, contendo a apuração geral dos votos obtidos para vereadores) e páginas de jornais que circularam no município: O Sanjoanense, Combatente, A verdade, A Semana, O Caranguejo. O material pertence ao acervo da Vila Lobato.
