Pontal de Atafona é cenário da celebração a Iemanjá

SJB

No último domingo, dia 2 de fevereiro, o Brasil celebrou Iemanjá, um dos orixás mais venerados nas religiões de matriz africana. Em São João da Barra pelo terceiro ano consecutivo o culto é celebrado com uma programação que vem atraindo mais adeptos e turistas.

Organizado pelo coletivo “Fé no Tambor” e apoiado pela Secretaria Municipal de Cultura, a ação que faz parte do calendário Turístico e Cultural sanjoanense, trouxe um importante debate ocorrido no terreiro Tenda Mata Verde, em Atafona, com a presença de dirigentes e babalorixás de São João da Barra e da região como Jorginho de Ogum, Lanselmo Silva de Oxalá, Irani Neto de Logunedê. No local, ainda foram servidas comidas tradicionais que remetem à orixá.

Durante as discussões foram pautadas referências às intolerâncias, a necessidade de uma integração entre as casas de terreiro e a possibilidade de formatação de um Fórum Permanente da Religiões Afrobrasileiras e de Matriz Africana ou a criação de um Conselho Municipal de Defesa e Promoção da Liberdade Religiosa.

“Reunir todos estes pensamentos importantes nos fortalece. Ver nosso terreiro cheio é motivo de orgulho e satisfação. Vamos buscar ainda mais o nosso espaço público. Somos uma religião que prega amor, harmonia e paz”, ressalta Victor Ty Exu, babalorixá anfitrião.

Posteriormente houve uma carreata pelas ruas de Atafona com a imagem de Iemanjá seguida de uma procissão terrestre até o Pontal com balaios e atabaques que foram tocados na praia, com cânticos de celebração na voz do babalorixá carioca Alexandre de Oxalá, conhecido como Doka Gogó de Ouro, seguidos de um xirê e finalizando com as oferendas nas águas.

Em diferentes regiões do Brasil o sincretismo é presente. Na Bahia, Iemanjá é associada a Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Rio de Janeiro a associação é com Nossa Senhora da Glória e Nossa Senhora dos Navegantes. A celebração anual em 2 de fevereiro é uma tradição consolidada no país, mas muitas pessoas também prestam suas homenagens a Iemanjá na virada do ano.

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