Visita de Lula a Campos levanta questionamentos sobre desigualdade no acesso à saúde
Campos dos Goytacazes, RJ – A cidade se prepara para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (14), ocasião em que será inaugurado o novo prédio da Universidade Federal Fluminense (UFF). Mas, além da agenda oficial voltada à educação, outro detalhe chamou a atenção da população: a mobilização extraordinária no Hospital Ferreira Machado (HFM) para atender, com prioridade e estrutura reforçada, o presidente da República em caso de emergência.
No domingo (13), a equipe médica da Presidência da República esteve no HFM para realizar uma inspeção técnica completa. A visita avaliou estrutura, fluxo de atendimento e disponibilidade de profissionais – tudo para garantir atendimento de excelência ao chefe de Estado, sua comitiva e até o público presente no evento.
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) e a Secretaria Municipal de Saúde disponibilizaram UTIs, tomógrafos, equipes médicas completas, ambulâncias, o SAMU e até planos alternativos de suporte com outras unidades de saúde prontas para qualquer intercorrência.
Mas a pergunta que se ouve em tom de desabafo nos corredores da cidade é:
👉 E quando o paciente não é presidente? A estrutura permanece a mesma?
🗣️ “Gostaria de ver esse mesmo empenho quando é a gente que chega aqui com dor e precisa esperar horas pra ser atendido”, disse dona Marina, moradora do Jardim Carioca, que recentemente buscou atendimento no hospital.
A crítica ecoa nas redes e nas ruas: será que a população teria acesso a um atendimento tão ágil, completo e humanizado se não houvesse uma comitiva presidencial a caminho?
O HFM, que é referência em urgência e emergência, conta com uma estrutura robusta, com 1.700 profissionais e diversos especialistas. Mas usuários apontam, há anos, superlotação, demora no atendimento e falta de recursos.
Durante a visita, o secretário de Saúde Paulo Hirano, e o presidente da FMS, Arthur Borges, ressaltaram o orgulho da estrutura hospitalar e citaram projetos como o SOS Coração, que já salvou mais de 450 vidas. Porém, moradores questionam: por que esse padrão não se torna rotina?
✨ A vinda de um presidente pode, sim, ser motivo de orgulho. Mas também é oportunidade para refletir sobre prioridades. Afinal, vida de pobre vale menos? Ou só ganha atenção quando tem presidente na cidade?
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