Câmara requer informações ao Porto do Açu sobre erosão costeira.

Política

Um requerimento assinado por todos os vereadores de São João da Barra, solicitando informações às empresas, Porto do Açu Operações e Prumo Logística, foi aprovado na sessão legislativa desta quarta (4). Os parlamentares querem saber se as empresas têm conhecimento da drástica erosão costeira que vem atingindo a praia do Açu e ainda: se, como e em que grau a erosão tem correlação com as atividades portuárias, considerando o compromisso com o desenvolvimento sustentável que publicitam, quais políticas objetivam ou estão adotando para atenuar o problema; e observando o EIA/RIMA, quais medidas foram implementadas para amenizar os impactos erosivos costeiros.

Segundo Franquis Arêas, na semana passada, o mar jogou água na Rua Principal da praia. “A cada dia que passa o que temos visto é: na Praia das Pedras vem havendo engordamento de areia e, o centro do Açu, só avançando. Na época, o Porto se comprometeu com a população, através de documento, onde eles estariam fazendo a engorda de toda a orla e, no EIA/RIMA, tem um texto que diz que eles têm que monitorar 7,5 quilômetros para cada lado. Então, queremos saber se eles sabem o que está acontecendo”, disse o vereador.

Os parlamentares também informaram que pretendem convocar a empresa para prestar esclarecimentos à população. “Esse Porto não respeita o nosso município, e eu não vejo boa vontade neles. Acho que o mais certo seria logo procurar a Justiça”, comentou Chico da Quixaba. O mesmo foi observado pelo vereador Carlos Machado da Silva (Kaká). “Acho que só na Justiça eles vão respeitar esta Casa”.

O presidente da Câmara, Alan de Grussaí, agradeceu o empenho de todos os colegas na causa. “O Porto trouxe para São João da Barra, o progresso, a empregabilidade, a visibilidade para o nosso município, mas antes deles se instalarem aqui, nós já estávamos aqui. O povo era feliz sem eles. Agora, olhando para a praia do Açu, a gente não precisa ser estudioso para ver que aquela erosão ali tem a ver com o porto sim. Em audiência pública, eles se comprometeram com obras de compensação, como o engordamento da faixa de areia, mas eles não fazem nada e o povo está sofrendo”, desabafou Alan.

Elisio Rodrigues destacou que, embora esse fenômeno esteja ocorrendo em outras cidades, “está mais que comprovado que a instalação do Porto tem tudo a ver com o que está acontecendo hoje na praia do Açu”, disse, lembrando, ainda, da necessidade de se retomar a discussão sobre o entreposto de Atafona, que foi planejado, na época, como forma de compensação ambiental.

Pauta – O plenário aprovou outros três requerimentos: poda de árvores que estão próximas aos fios da rede elétrica, na Rua Manoel Ribeiro Sobrinho, em Cajueiro (Júnior Monteiro); colocação de quebra-molas com sinalização entre as ruas, João Francisco de Almeida e João Manoel Alves, na sede (Julinho Peixoto) e explicações, por parte da Cedae, sobre o motivo da falta de água em Atafona (Sônia Pereira).

Quatro indicações foram aprovadas: colocação de braços de iluminação pública nas ruas próximas ao posto de saúde do Açu (Sonia); reforma da praça de Azeitona (Júnior) e implantação do Centro de Referência do Idoso no Açu e calçamento da Rua da Lagoa, também no Açu (Franquis). Na ordem do dia, foram aprovados os projetos de lei: 099/2023; 100/2023 e 101/2023.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *