A estação mais quente do ano começa oficialmente nesta sexta-feira (22). O subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), infectologista Charbell Kury, alerta que o início do verão é motivo de atenção, devido à alta temperatura e exposição prolongada ao sol. Além disso, cuidados com a alimentação, higienização das mãos e manter a hidratação ajudam a prevenir doenças virais e bacterianas, como as infecções por gastroenterite, causadas por norovírus.
Segundo o médico, esse vírus causa infecções intestinais, diarreia e vômitos, além de ser responsável por muitos surtos na cidade e nas regiões litorâneas, principais destinos de viagens durante as férias. Kury também alerta para a ocorrência de casos de enterovírus, um dos causadores da síndrome mão, pé e boca em crianças, podendo causar quadros mais graves, como encefalite viral.
O especialista pontuou, também, que no verão, devido ao acúmulo de bactérias em alimentos contaminados, é muito comum a incidência de casos de intoxicação alimentar, levando a surtos de diarreia e vômitos.
“É preciso ter muito cuidado durante este período. É importante não deixar a comida fora da refrigeração e evitar comer alimentos vendidos em beira-mar. Oriento também quanto aos cuidados com a exposição solar, evitando expor bebês menores de seis meses. Crianças acima dessa idade, o recomendado é que estejam sempre protegidas, com filtro solar, chapéu e roupas com proteção ultravioleta, evitando o banho de sol em períodos mais quentes, entre 10h e 16h”, destacou o especialista.
Charbell citou que no verão também são comuns casos de Influenza (gripe), de infecções por dengue, zika e chikungunya, além de Covid-19, que nos últimos meses vem apresentando quadros de conjuntivite.
“Atenção para febre, tosse, catarro, cansaço e dificuldade para respirar, porque pode ser gripe. A Covid ainda não acabou, graças a novas cepas que estão circulando. Também temos a dengue, que é uma preocupação muito grande para o verão, que causa quadros de febre, manchas pelo corpo, dor articular, entre outros sintomas”, explicou o médico, acrescentando que a conjuntivite pode ser viral ou bacteriana e é de rápida transmissão.