O traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, foi condenado, em julgamento nesta terça-feira (13), a 64 anos de reclusão em regime inicial fechado pelo triplo homicídio de traficantes. O ex-chefe do tráfico de drogas da Rocinha, na Zona Sul, está preso desde 2017 na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.
Na sessão, que durou cerca de nove horas, cinco testemunhas foram ouvidas. Rogério participou do júri através de videoconferência e optou por ficar em silêncio antes de ser interrogado.
Na decisão, a juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis afirmou que a prisão é necessária para evitar que o acusado possa vir a “se esquivar da aplicação da lei penal”. Afirma, ainda, que a liberdade de Rogério 157 coloca em risco a ordem pública, uma vez que ele exercia função hierarquicamente relevante no Comando Vermelho (CV), apontada como a facção responsável pela escalada da violência no estado.
A condenação aconteceu, exatamente, sete anos após Rogério ordenar, no dia 13 de agosto de 2017, a morte dos traficantes rivais: Ítalo de Jesus Campos, o Perninha, Robson Silva Alves Porto e Wellington Cipriano da Silva Filho. Na ocasião, o criminoso e Fernando dos Saltos Alves, conhecido como Fé do Escadão, atiraram diversas vezes contra o trio que estava dentro de um carro.
De acordo com as investigações, pouco antes do crime, os dois criminosos romperam com a facção Amigos dos Amigos (ADA), que dominava o comércio ilegal de drogas na Rocinha, para se vincular com o Comando Vermelho. Segundo a polícia, esse seria o movimento para a execução dos traficantes rivais.
Em outubro de 2023, a 6ª Câmara Criminal do Rio autorizou a transferência do criminoso da Penitenciária Federal de Porto Velho para uma prisão fluminense. À época, a decisão foi criticada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, e o Ministério Público do Rio (MPRJ) recorreu. Em fevereiro deste ano, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, manter Rogério Avelino em Rondônia.
Quem é Rogerio 157
Preso desde 2018 por tráfico de drogas, Rogério 157 chegou a ser um dos criminosos mais procurados do Rio, após sua participação na guerra pelo controle da Rocinha. Ele começou sua trajetória no mundo do crime com uma função de destaque na hierarquia da organização da região, já que era chefe da “parte baixa” da comunidade e atuava como segurança do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, na época, chefe do tráfico. Em setembro de 2017, Nem perdeu o controle da favela para Rogério 157, que comandou uma invasão, com o apoio de outra facção criminosa. A disputa provocou diversos confrontos na comunidade.
O traficante tem quatro condenações na Justiça por crimes como tráfico e corrupção e acumula uma pena de 61 anos de reclusão. Em janeiro do ano passado, a Polícia Civil frustrou um plano para trazer o traficante de volta a um presídio do Rio. Na ação, os agentes cumpriram três mandados de prisão contra suspeitos de oferecer vantagem indevida a funcionários públicos. Os alvos da operação foram o advogado Josué Ferreira dos Santos, o policial civil Mário Augusto Bernardo Junior e Rogério 157.
Quem é Rogerio 157
Preso desde 2018 por tráfico de drogas, Rogério 157 chegou a ser um dos criminosos mais procurados do Rio, após sua participação na guerra pelo controle da Rocinha. Ele começou sua trajetória no mundo do crime com uma função de destaque na hierarquia da organização da região, já que era chefe da “parte baixa” da comunidade e atuava como segurança do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, na época, chefe do tráfico. Em setembro de 2017, Nem perdeu o controle da favela para Rogério 157, que comandou uma invasão, com o apoio de outra facção criminosa. A disputa provocou diversos confrontos na comunidade.
O traficante tem quatro condenações na Justiça por crimes como tráfico e corrupção e acumula uma pena de 61 anos de reclusão. Em janeiro do ano passado, a Polícia Civil frustrou um plano para trazer o traficante de volta a um presídio do Rio. Na ação, os agentes cumpriram três mandados de prisão contra suspeitos de oferecer vantagem indevida a funcionários públicos. Os alvos da operação foram o advogado Josué Ferreira dos Santos, o policial civil Mário Augusto Bernardo Junior e Rogério 157.
Segundo as investigações, o policial e o advogado tentaram aliciar um agente da SSINTE para retardar o encaminhamento de um ofício de permanência de Rogério 157 em unidade prisional federal. Com a perda do prazo de renovação da estadia do detento em Rondônia, o advogado pretendia ingressar com um pedido na Justiça de regresso do traficante ao estado do Rio de Janeiro.