A quatro dias do desfile na Avenida do Samba no domingo, 19, o clima no barracão da Escola de Samba Congos é de muita expectativa. O trabalho, que começou em dezembro, segue a todo vapor no atelier, onde acontece a confecção das fantasias e adereços, e no barracão, onde são montados os carros alegóricos e tripés. Ao todo são 20 profissionais envolvidos na preparação do desfile, incluindo carpinteiros, soldadores, eletricistas, mecânicos, forradores e costureiras.
A escola apresenta este ano o enredo “Nesta noite sob a luz do luar Congos canta uma festa no arraiá”, que retrata as festas juninas da cidade de São João da Barra.
— Vamos entrar na avenida com uma escola compacta e mais enxuta, mas uma escola alegre, animada, rica em colorido, luxo e brilho. Vamos fazer um grande desfile para marcar os 90 anos do Congos e proporcionar aos sanjoanenses e visitantes um espetáculo que não vai dever nada aos anos anteriores — promete o diretor de carnaval da escola, Robertinho Martins.
São 250 componentes, incluindo 56 ritmistas, 11 passistas, mestre-sala e porta-bandeira (Ian Machado e Letícia Lopes), rainha da escola (Nathany Tavares), rainha da bateria (Mariana Abreu), mestre de bateria (Yan Franco), além dos intérpretes e componentes das alas, tripés e carros alegóricos.
– A comissão de frente vai explorar um lado bem caipira, com uma coreografia bonita que vai impressionar o público. Serão dois carros alegóricos, o abre-alas, representando o arraiá, e o carro-chefe, encenando o casamento na roça. A escola traz ainda três tripés, sendo um elemento cenográfico da comissão de frente, das secas nordestinas e de homenagem aos 90 anos da escola, além de quatro alas: das camisas, do fogo, da quadrilha e das noivas – antecipa o vice-presidente da escola, Fellipe Souza.
O samba-enredo é de autoria de Diego Nicolau, que compõe os sambas dos Congos desde 2018. Ele é também o autor do samba-enredo da carioca Mocidade Independente de Padre Miguel para o desfile deste ano.