Essa semana, um menino de 13 anos causou uma tragédia em uma escola em São Paulo. Eles invadiu o local e esfaqueou um aluno e quatro professores de forma brutal. A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu por conta dos ferimentos. Muitas pessoas ficaram abaladas com o crime e mais uma vez esse alerta tomou conta do país inteiro.
Esse não é um caso isolado. Infelizmente já tivemos outros casos em outras regiões do Brasil e também em outros países como nos EUA.
Mas o que esse tipo de crime nos mostra? Por que pais e familiares ficam tão apreensivos com essas tragédias? São casos tão tristes e absurdos que poderiam alcançar qualquer família. Muitos pais e mães ficaram abalados, imaginando “será que meu filho pode ser a próxima vítima ou agressor?”.
Para entender quais são os mecanismos que levam um jovem a ter uma atitude como essa, conversamos com a Marcely Quirino Souza, psicóloga e terapeuta comportamental, especialista em crianças e adolescentes.
“Muitas vezes, o jovem não apresenta esse comportamento em casa. Fica recluso, busca uma fuga na internet ou em jogos eletrônicos. E muda o comportamento na escola. Mas o fato é que o motivo desse tipo de agressão estar cada vez mais presente na sociedade, pode estar relacionada ao tipo de ambiente em que o jovem vive”, explica Marcelly.
A psicóloga destaca que a conversa em casa, no ambiente familiar pode fazer toda a diferença na formação desse comportamento.
“Se na família a criança recebe um tratamento hostil, ela vai reproduzir essa hostilidade na escola. Se o jovem é tratado com agressividade, ele vai reproduzir essas agressões. Portanto, a melhor estratégia para tratar e prevenir esse tipo de comportamento é o diálogo com a família. A escola precisa estar próxima dos pais e acolher essa criança”, destaca a especialista.
A violência no ambiente escolar pode ter várias causas. Cabe a equipe escolar desenvolver estratégias para cada uma delas. É importante que a escola tenha conhecimento das vivências do aluno dentro e fora do colégio. Da mesma forma, os precisam saber o que se passa com seu filho fora de casa.
“O Bullying é outro fator preocupante para esse casos. Mas cada criança precisa ser avaliada de forma individual. Além disso, os pais distantes são um fator favorável também. É importante que os pais se aproximem mais de suas crianças. A dinâmica familiar é difícil, sabemos. Mas a personalidade desse jovem necessita da figura familiar. Seu filho pode ser o agressor ou a vítima e ele vai precisar do seu apoiou em ambos os casos”, finaliza.
Vamos cuidar mais dos nossos jovens. São tempos difíceis mas com carinho e diálogo podemos enfrentar essas situações e evitar essas tragédias.