O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estendeu até dezembro o prazo para a coleta de dados para o Censo 2022. A previsão era de encerrar as entrevistas no dia 31 de outubro.De acordo com o Instituto, o motivo é a falta de recenseadores para executar o trabalho no prazo inicial. Em Campos, de acordo com o coordenador regional do Censo, Murilo Jesus, cerca de 60% dos domicílios já foram visitados pelos agentes, totalizando uma média de 127 mil residências.
Mas o trabalho dos agentes não tem sido fácil, porque convencer as pessoas de responder ao formulário tem demandado muito tempo e nem sempre o morador aceita falar. “Há também áreas que os recenseadores estão encontrando dificuldade em encontrar os moradores em casa e muitos mesmo estando, simplesmente não atendem os agentes”, conta Murilo, relatando que bairros como Parque Tamandaré, Parque Santo Amaro, IPS e Parque Rosário são alguns dos que tem maior índice de domicílios fechados no horário de trabalho dos recenseadores.
Para responder a todas as perguntas do formulário, o entrevistado leva em média 10 minutos. Os dados coletados pelo Censo são utilizados como base pelos governos para diversas políticas públicas, como por exemplo, distribuição de verbas para a Educação e Saúde, além de assistência social.
Campos dos Goytacazes, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana, Cardoso Moreira, São Fidélis e Italva tem ao todo 610 recenseadores e 75 supervisores. A cada 10 anos é realizado o Censo no País, porém o último aconteceu em 2010, nos últimos anos, o levantamento não foi realizado devido à pandemia de coronavírus.
Pela primeira vez, um censo demográfico está contabilizando a população quilombola, não só na região, como em todo o Brasil.
Em todo o país, desde o início da pesquisa, em 1º de agosto, o IBGE já coletou informações de mais de 104 milhões de brasileiros, o que equivale a 49% da população estimada.